sábado, 18 de julho de 2009

SEM COPYRIGHT - O PLÁGIO COMO NEGAÇÃO DA CULTURA

Karen Eliot

tEXTO COMPLETO

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Há dois tipos de pós-modernos. O primeiro é o dos cínicos que entendem o processo ideológico no qual eles jogam um papel menor e o manipulam para sua ganância pessoal. A segunda é a dos ingênuos. Bombardeados pelas imagens da mídia, crêem que toda a "normalidade" mutante apresentada pela imprensa e pela tevê constitue uma perda de "realidade". O plagiarista, pelo contrário, conhece o papel que a mídia desempenha ao mascarar os mecanismos de poder e trata ativamente de transtornar esta função.

Ao reconstituir as imagens dominantes, ao subjetivá-las, propomos criar uma "normalidade" mais adequada às nossas necessidades que o pesadelo midiático ditado pelo Poder. Sem dúvida, nunca imaginamos que isto possa ser logrado só através de exposições em "galerias". Os procedimentos que são usados para vender sabão em pó estão poderosamente aferrados a nossa consciência precisamente por que as imagens associadas a eles são as mais reproduzidas pela mídia. Para que uma imagem seja efetiva necessita da reprodução contínua na imprensa e na tevê. A única alternativa viável à nossa estratégia de exibição das imagens reconstituídas pelo processo de plagiarismo é a destruição física das estações de transmissão e de tecnologia de imprensa."

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